A logística reversa é definida pela Lei Federal 12.305, de 2 de agosto de 2010, como sendo um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
Os produtos e embalagens que fazem parte da logística reversa são:
Os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos e embalagens citados anteriormente são obrigados a estruturar e a implantar sistemas de logística reversa de maneira independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos.
Entenda quais as responsabilidades e os deveres de cada um na sistemática da logística reversa:
Programa Jogue Limpo
O Estado de Alagoas assinou um termo de compromisso com o Instituto Jogue Limpo, no qual será responsável para realizar a logística reversa de embalagens de óleos lubrificantes em todo o estado. Segundo informações da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas (SEMARH/AL) este programa entrou em operação somente em março de 2014.
Com o termo, as embalagens de lubrificantes serão transportadas em veículos especiais para centrais de recebimento, onde o material é prensado, armazenado e remetido a uma recicladora. Depois de triturado e submetido a um processo de descontaminação, ele é transformado em matéria-prima, retornando à cadeia de produção.
Além de postos, concessionárias e oficinas mecânicas estão entre os principais geradores de resíduos de embalagens de óleos, considerados como perigosos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos. Esses estabelecimentos estão sendo visitados por representantes do Jogue Limpo para adesão ao programa.
Os empreendimentos que aderirem ao programa receberão um latão (tambor) identificado onde deverão depositar as embalagens de óleos, que serão coletadas por caminhão equipado com uma balança digital, e será emitido um comprovante do peso coletado. Esses dados estão integrados ao sistema inteiramente automatizado em tempo real, cujos dados também estão disponíveis para o Governo do Estado, que irá realizar a fiscalização. As embalagens seguem para um centro de processamento, onde serão recicladas e transformadas em produtos plásticos para uso em construção civil.
Embora seja uma iniciativa relevante do estado de Alagoas, ela é ainda incipiente uma vez que a adesão ao programa pelos empreendimentos geradores de embalagens contaminadas com óleos lubrificantes será unicamente de forma voluntária. O estado não possui estrutura e nem as condições necessárias para a fiscalização de todos os empreendimentos geradores dessas embalagens e, portanto, a adesão a este programa deveria ser obrigatória. Isso permitiria o maior controle e acompanhamento desses resíduos, bem como evitaria que os geradores realizassem a sua disposição de forma inadequada.
Além disso, deve também ser ressaltado que as informações na base de dados do Governo do Estado de Alagoas sobre os resíduos de embalagens de óleos contaminados, tais como, quantidade gerada, formas de destinação e tratamento, disposição final, dentre outras, são poucas e insuficientes. Isso vale também para outros resíduos de logística reversa obrigatória.
Cartilha Jogue Limpo - Agenda Ambiental
Termo de compromisso Jogue Limpo
Para mais informações acesse o site do Instituto Jogue Limpo clicando aqui
Programa Reciclus
A Reciclus é uma associação sem fins lucrativos que reúne os principais produtores e importadores de lâmpadas com o objetivo de promover o Sistema de Logística Reversa. O objetivo é envolver toda a sociedade e a cadeia produtiva em um grande movimento estruturado de coleta de lâmpadas ao final de seu uso e sua destinação final ambientalmente adequada. As lâmpadas são armazenadas em locais adequados e, depois, destinadas corretamente a empresas especializadas na descontaminação e reuso de seus componentes.
Cada lâmpada com garantia de logística reversa colocada no mercado tem um ecovalor que é o custo que dá sustentação financeira ao Programa Reciclus.
Como o residuo das lâmpadas não representa valor, todo o processo de coleta, transporte, processamento e destinação final das lâmpadas, é pago com o ecovalor que fará parte do custo do produto, podendo ou não afetar o preço do produto para o consumidor.
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