Arapiraca – As prefeituras de Igreja Nova e Porto Real do Colégio são alvo de uma ação civil pública em decorrência de um lixão localizado na divisa entre os dois municípios que estaria poluindo a nascente de um rio. Os promotores públicos Paulo Roberto de Melo e Saulo Ventura entendem que o Consórcio Intermunicipal do Sul do Estado de Alagoas (Conisul), responsável pelo plano de resíduos sólidos em alguns municípios da região, também tem responsabilidade.
De acordo com os promotores, o lixão a céu aberto vai da rodovia BR-101, na divisa entre os dois municípios, até uma encosta, e logo abaixo dela há uma bacia de captação de água pluvial que dá origem a uma nascente que abastece os rios Taquarana e Boacica, antes de chegarem ao Rio São Francisco.
O lixão já teria causado danos irreversíveis ao meio ambiente na região, uma vez que o chorume proveniente do lixo já teria contaminado os mananciais. Os promotores atestam ainda que os caminhões da prefeitura estão depositando lixo praticamente às margens da BR-101 e que a queimada de dejetos e os animais que são atraídos para o local se tornaram um risco para os veículos que trafegam na região.
Por conta disso, a ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual requer a interdição definitiva do lixão. Em caráter liminar, os promotores querem que os dois municípios, em um prazo de 30 dias, apresentem projeto de recuperação das áreas degradadas e também o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Nesse mesmo período, o Conisul deve entregar um cronograma para a instalação do aterro sanitário.