A Prefeitura de Maceió já tem a fórmula para tentar reduzir os amontoados de lixo em todos os bairros da capital: aplicar multas aos que insistem no emporcalhamento da cidade e construir, até o final do ano, mais seis ecopontos, inclusive na periferia, para descarte de até um metro cúbico de lixo residencial.
“Os talões para aplicação das multas estão chegando. O município já dispõe do instrumento legal para punir quem for flagrado descartando lixo em logradouros públicos”, avisou o secretário David Maia, superintendente de Limpeza da capital, referindo-se à lei proposta pelo vereador Wilson Júnior.
A população – reconhece o agente municipal – tem contribuído para deixar a cidade cada vez mais suja. Seja nobre ou periférica, pouco importa. O descarte de lixo (restos de construção, móveis inservíveis e até eletrodomésticos sem utilidade) acontece a qualquer hora do dia.
“Cidade sempre limpa é a que menos recebe sujeira”, comenta David Maia. Crítico da política de limpeza urbana da capital, pelo menos até a posse do atual gestor, Rui Palmeira, o secretário reforça que os moradores deveriam levar entulhos ao ecoponto montado na Rua Campos Teixeira, na Pajuçara.
“Como forma de reduzir a quantidade de lixo deixado em via pública na periferia, a administração pretende inaugurar outros sete ecopontos até o final do ano. Cada um deles custa, em média, R$ 150.000,00, à exceção dos equipamentos de trabalho”, explica.
À medida em que são deixados no ecoponto, os resíduos seguem com maior facilidade à reciclagem. “Atualmente, apenas 3% do lixo produzido na capital é destinado à reciclagem”, reconhece o secretário, dizendo-se preocupado em desenvolver ações para incrementar o índice, ao longo dos anos.