A Cooperativa dos Catadores da Vila Emater (Coopvila) paralisou os serviços de coleta seletiva e educação ambiental esta semana, por falta do repasse de verbas por parte da Prefeitura de Maceió. A instituição ameaça fechar as portas por falta de recursos.
Segundo a assessoria da Coopvila, 36 famílias cooperadas, que vivem exclusivamente da coleta de resíduos, estão passando por necessidades. A prefeitura, por meio da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) não está realizando os pagamentos pelo serviço de coleta feito no município, o que, conforme a Coopvila, descumpre os acordos realizados perante o Ministério Público do Trabalho (MPT) em maio de 2015.
De acordo com a presidente do Coopvila, Ivanilda da Conceição Gomes, famílias cooperadas estão até sem ter o que comer. "Estamos vivendo uma situação de passar fome e a prefeitura sempre adiando. Desde novembro de 2015, a Slum ficou de pagar, ao menos, os custos operacionais, através de convênio. Aceitamos como solução provisória até que fosse feita a contratação dos nossos serviços, mas até agora não pagou nada", desabafa.
Segundo o Superintendente da Slum, Davi Maia, a prefeitura não tem convênio com a Coopvila e não é responsável por repasses à instituição. "Nunca tivemos convênio com nenhuma cooperativa. No ano passado, nós realizamos um incentivo para essas cooperativas de coleta seletiva, no entanto, a Coopvila, na época, tinha convênio com a Petrobras e rejeitou ter qualquer parceria com a prefeitura. Daqui há 45 dias, divulgaremos um edital para as cooperativas que queiram um contrato com a prefeitura. Vale ressaltar que todas as cooperativas devem estar com documentação regularizada", informou.