Na região Agreste, a prefeitura de Palmeira dos Índios foi multada por manter o lixão da cidade sem o devido tratamento dos resíduos sólidos. O crime de poluição ambiental resultou numa sanção de R$ 440 mil.
"Ainda houve o agravante de descarte de restos de animais e de material hospitalar também a céu aberto, o que fere completamente a legislação ambiental. No primeiro caso, aumentam as chances do surgimento de vetores e isso pode causar ainda mais dano a saúde dos catadores de lixo e dos próprios funcionários do lixão. E com relação ao lixo hospitalar, há a real chance dessas mesmas pessoas serem infectadas", explicou o promotor de Justiça Alberto Fonseca, coordenador da FPI.
Ainda em Palmeira dos Índios, houve a entrega de um auto de infração e de um termo de embargo para o proprietário de uma área de onde estava sendo extraída areia ilegalmente. Ele foi multado em R$ 25 mil por funcionar sem licença ambiental.
Em parceria com a equipe de fauna, o grupo de resíduos sólidos e extração mineral fiscalizou ainda a fábrica de cerâmica São Caetano. Apesar do licenciamento ambiental estar em dia, foi localizado, nos fundos da empresa, material lenhoso de espécies nativas. Por esse motivo, o proprietário foi conduzido à delegacia para lavratura de flagrante pelo crime de desmatamento.
Por meio de nota, a Prefeitura de Palmeira dos Índios informa que, em relação à área destinada ao descarte do lixo produzido na cidade, o município está buscando se adequar à Política Nacional de Resíduos Sólidos para desativar o local, medida que ocorre também em outras cidades alagoanas com acompanhamento do Governo de Alagoas.
A prefeitura disse ainda que está implantando melhorias para ampliar a segurança ambiental. Sobre o lixo hospitalar, a administração comunicou que mantém contrato com uma empresa especializada para o recolhimento dos resíduos nas unidades mantidas pelo município. "O lixo encontrado no espaço é proveniente de um hospital que foi identificado e será responsabilizado pelos danos, assim como responderá pela ação", diz a nota.
http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2015/11/fpi-flagra-irregularidades-ambientais-e-sanitarias-no-agreste-de-alagoas.html