Catadores de lixo fazem protesto em Arapiraca

Catadores de lixo fizeram um protesto, no final da manhã de ontem, em Arapiraca contra o funcionamento da Central de Tratamento de Resíduos (CTR) do Agreste, que passou a receber o lixo domiciliar da cidade após a interdição do lixão que ficava dentro da comunidade de Mangabeiras.

Os manifestantes iniciaram o protesto na entrada do aterro sanitário, que fica localizado em uma área entre os municípios de Craíbas e Arapiraca, mas depois decidiram interditar a rodovia AL 115, usando galhos e pneus para impedir a passagem de veículos. Os catadores informaram que foram pegos de surpresa com a interdição do lixão pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) e Batalhão da Polícia Ambiental (BPA). Desde o final da tarde de terça-feira, a área do lixão está isolada, os caminhões coletores deixaram de despejar lixo no local e há fiscalização para impedir a entrada de pessoas no espaço.

De acordo com os manifestantes, aproximadamente cem famílias tiravam o sustento do lixão e existiria um acordo para que, mesmo após o início do funcionamento do aterro sanitário, o lixão ainda continuaria a receber resíduos por alguns meses. O protesto foi encerrado depois que o secretário de Meio Ambiente, Ivens Barbosa, esteve no local e marcou uma reunião, para a manhã de hoje, entre uma comissão e representantes da prefeitura.

“O problema é que o município não tem como ajudar, se eles não estiverem organizados em uma associação ou cooperativa. Já existe uma cooperativa com moradores da comunidade de Mangabeira, mas nem todos os catadores aceitam fazer parte dela”, declarou, afirmando que, no Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, está prevista a coleta seletiva e a destinação de materiais recicláveis para a entidade que reúna os catadores de lixo. “Estamos em final de mandato, então, passamos tudo que tem sido feito e planejado para a equipe de transição”, disse.