Tornou-se tradição, na primeira terça-feira de cada mês, a realização da Feira Orgânica na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh). A quarta edição acontece no próximo dia 7 de fevereiro, das 8h às 12h, no estacionamento da Semarh, localizado por trás da Delegacia Geral da polícia Civil, no bairro de Jacarecica.
À medida que a feira se consolida, diversos consumidores que prezam pela alimentação comparecem à secretaria para adquirir legumes, frutas e verduras cultivadas sem o uso de agrotóxicos pelos produtores do assentamento Dom Helder Câmara, localizado no município de Murici.
Toda a produção do assentamento, que conta atualmente com nove agricultores, passa por cuidados principalmente porque a venda e o consumo das verduras são considerados de grande valia pelos produtores.
Regina Maria da Silva, de 58 anos, é agricultora e divide os trabalhos com o marido. Os alimentos são colhidos, de forma responsável e comprometida com o meio ambiente, no quintal de casa.
“Toda a nossa produção leva em consideração que iremos vender e repassar nossos produtos adiante para as famílias que consomem produtos sem uso de agrotóxicos. Plantamos e colhemos no quintal de casa e ainda ajudamos na proteção ao meio ambiente por tratar o solo da maneira correta”, explica a agricultora.
A produtividade no assentamento Dom Hélder Câmara tem o intuito de dividir o que foi plantado e colhido, além de incentivar a vida saudável. E é justamente por ter esta finalidade que os agricultores têm Certificado de Alimentos Orgânicos, que atesta a prática do cultivo sem agrotóxico.
A pequena Sara de dez anos, filha de agricultores, já compreende a necessidade de ter hábitos saudáveis dada à sua criação. “Eu não quero ter que sair de casa pra comprar alguma coisa que eu posso ter aqui. Eu ajudo a plantar e são esses alimentos que vem da terra que eu confio”, diz.
Novidades
Uma nova parceria para a Feira Orgânica na Semarh é a Aldeia Verde, localizada no Benedito Bentes, em Maceió. O agricultor e proprietário, Ricardo Ramalho, pratica a plantação sem agrotóxico há 20 anos e a principal motivação de iniciar esse trabalho é mais uma vez, a saúde.
“O modelo convencional que usa agrotóxico é insustentável e decadente, que desconsidera todo o trabalho da natureza ao longo de anos. Esse está modificando bruscamente o ecossistema e nós agricultores entendemos que diante das evidências que hoje são claras, uma mudança drástica, seria o mundo todo parar de consumir esse tipo de alimento”, argumenta Ramalho.
Na Aldeia Verde, a prática de combate das pragas é feita com a erradicação da planta para que o próprio organismo volte ao normal e tudo é feito desde o início. O cultivo orgânico é bastante lento, pois os produtos crescem no seu tempo natural e precisam de uma atenção diferente para não adoecer e nem morrer.