Alagoas vem avançando, gradativamente, no contexto da destinação correta dos resíduos sólidos graças à política implementada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) desde 2015. Como resultados que podem ser listados, o encerramento de 26 lixões apresenta o compromisso do Estado a proteção ambiental.
Em paralelo ao trabalho de erradicação dos grandes depósitos de lixo nos municípios, a Semarh vem atuando junto às prefeituras alagoanas para a implantação da coleta seletiva, outro passo relevante para a gestão adequada dos resíduos sólidos.
Capacitações estão em andamento e reúnem os representantes das gestões municipais, consórcios públicos, agentes de saúde e coordenadores de escolas municipais e estaduais. O propósito é ampliar o conhecimento da população sobre o tema contido na Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Com bases nos preceitos que regem a política de resíduos, a equipe da Semarh, formada pelas educadoras ambientais, Valdenira Chagas, Kamila Aderne, Magdally Costa, Elisângela Tavares e Domênica Didier apresentam uma série de informações sobre o processo de separação dos resíduos.
As principais orientações durante as capacitações são: a segregação entre resíduos recicláveis secos e rejeitos compostos, principalmente, por metais (como aço e alumínio), papel, papelão, diferentes tipos de plásticos e vidro.
Todo este trabalho já rende resultados, pois 44 cidades alagoanas já implantaram a coleta seletiva como política ambiental nas gestões municipais.“As ações envolvem diretamente as comunidades em cada município. As capacitações acontecem em conjunto por regiões e reúnem diversos atores que posteriormente agem como multiplicadores da política de resíduos. É justamente por isso que as atividades vêm se consolidando. Além de explicar o funcionamento da coleta seletiva, fica claro que os municípios precisam dar continuidade ao trabalho”, argumenta Valdenira Chagas, bióloga e educadora ambiental da Semarh.
Uma das metas é transmitir as capacitações para as sete regiões de Alagoas. Momentaneamente, as regiões Metropolitana, Agreste, Bacia Leiteira, Zona da Mata e Sertão passaram pelas atividades capitaneadas pela Semarh e com parceria do Instituto do Meio Ambiente (IMA). Restam, ainda, os municípios componentes do Litoral Sul e Norte.
A partir do mês de junho, a equipe da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos retorna aos municípios, organizados por meio de consórcios públicos, para avaliar a metodologia de trabalho para destinação correta dos resíduos.
INCENTIVO
O superintendente do consórcio Conagreste, Ivens Barbosa, vem acompanhando de perto os avanços para implementação da coleta seletiva nos municípios. Ivens garante que o Estado tem incentivado à população a gerar menos resíduos.
“A partir das oficinas de capacitação promovidas pela Semarh, os representantes dos municípios e suas respectivas gestões irão atuar para que os resíduos sejam destinados da maneira correta. É um trabalho difícil, no entanto, contribui efetivamente para diminuir no lixo que é descartado de forma irregular”, avalia o representante do Conagreste, que é formado por 20 municípios.
Uma das primeiras medidas ao assumir a titularidade da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Alexandre Ayres fez destaques para a implantação da coleta seletiva e construção dos aterros sanitários em Alagoas. Ele considera que Alagoas segue, a passos largos, para ser um estado mais sustentável.
“Desde 2015, trabalhamos e conseguimos aprovar e lançar o Plano Estadual de Resíduos Sólidos e entregar, recentemente, os Planos Intermunicipais de Resíduos Sólidos. Os municípios atenderam ao nosso chamado e viram que o Estado é um parceiro. Hoje, 26 municípios encerraram os lixões e destinam seus resíduos para as centrais de tratamento e para um aterro sanitário. A coleta seletiva também evolui à medida que facilitamos o acesso à informação”, argumenta o secretário Alexandre Ayres.